Estudo sugere que parentes de pacientes de Parkinson apresentam risco maior de ter a doença

Os cientistas buscam incansavelmente as causas do Parkinson. Acredita-se que, se descobrirem o que leva à doença, tratamentos definitivos ou medidas que evitem a progressão dos sintomas fiquem mais próximos. É por estas descobertas também que milhares de pessoas afetadas pelo Parkinson esperam. Um estudo realizado na Escola de Medicina de Chang Gung, no Taiwan, deu um passo nesta direção recentemente. Foi constatado que parentes de primeiro grau de parkinsonianos têm o risco de desenvolver Parkinson e outros transtornos neuropsiquiátricos aumentado.

O Parkinson, doença associada à redução da dopamina, compromete a coordenação e o controle motor. Os médicos ainda não sabem o que leva à diminuição deste neurotransmissor. Há, no entanto, especulações de que a genética, assim como questões ambientais e idade avançada atuam de forma importante no desenvolvimento da doença em si. Muitos genes, por exemplo, já foram apontados como responsáveis pelo o desencadeamento.

Este estudo, publicado no periódico Clinical Epidemiology, analisou todos os indivíduos registrados na base de dados do sistema de seguro de saúde de Taiwan. A investigação procurou pela prevalência ou risco relativo de parentes de primeiro grau de pacientes de Parkinson desenvolver a doença ou outros transtornos neuropsiquiátricos. Estes outros transtornos incluem depressão, ansiedade, esclerose múltipla, tremor essencial, esquizofrenia e Alzheimer. O objetivo era procurar fatores de risco que pudessem estar associados ao parentesco. A conclusão é que parentes de primeiro grau (pais, irmãos, filhos) de parkinsonianos estão mais sujeitos a desenvolver estas doenças do que pessoas que não têm Parkinson na família.

Embora o aumento do risco seja pequeno, ele não pode ser inteiramente ignorado, uma vez que existe uma genética se manifestando. Até onde se sabe, no entanto, os fatores ambientais ainda falam mais alto. No final do ano passado, a Anvisa chegou a proibir o uso do paraquate, agrotóxico usado para acabar com ervas daninhas em plantações. E, todos os fatores estão relacionados à idade. A maioria dos casos de Parkinson são diagnosticados após os 60 anos.

Entenda mais sobre a doença de Parkinson.

Atualizado em 28/10/2019.