Parkinson e as diferenças entre gêneros

diferenças entre gêneros

Os sintomas do Parkinson variam de pessoa para pessoa. Mas, à medida que a doença progride, a maioria deles – tremor, rigidez, lentidão dos movimentos, alterações na fala – atinge todos os pacientes, ainda que em intensidades distintas. Os cientistas, no entanto, vêm percebendo algumas diferenças bem sutis na forma como o Parkinson se manifesta em homens e em mulheres. Alguns estudos já mostram que o tremor, por exemplo, é mais intenso no gênero feminino, enquanto a rigidez fica mais evidente no masculino. Veja, a seguir, algumas particularidades de cada gênero: 

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Problemas de pele na doença de Parkinson

problemas de pele no parkinson

A doença de Parkinson afeta principalmente os movimentos. Mas, ela traz uma lista extensa de sintomas não-motores: depressão, perda olfativa, alterações na fala e… problemas de pele. Sim, o Parkinson afeta de forma desagradável e, às vezes, grave, a pele, o maior órgão do corpo humano, de diversas maneiras. Conheça os três problemas de pele mais recorrentes na doença de Parkinson e como controlá-los.

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Entenda os períodos off no Parkinson

Entenda o que são e como superar os períodos off

Enquanto não se descobre a cura ou uma forma de impedir a progressão da doença de Parkinson, os tratamentos focam em controlar os sintomas. Para garantir melhores resultados, cuidar rigorosamente das doses e dos horários é fundamental. E, na teoria, ao tomar os remédios com a regularidade correta, flutuações de sintomas não deveriam ocorrer. Porém, à medida que a doença progride, a levodopa, principal medicação usada para substituir a dopamina no cérebro, deixa de funcionar com tanta eficácia e leva a períodos off, ou desligado em inglês. Quando o paciente está sob o efeito dos medicamentos, o período é o on, ou ligado. Entenda como estes episódios funcionam.

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Pesquisa mostra a importância de seguir tratamentos de depressão

baixa adesão a tratamentos de depressão

A importância de seguir um tratamento medicamentoso à risca é indiscutível. Sem disciplina para coordenar doses, horários e até alimentos que não atrapalham a absorção, o resultado pode passar longe do esperado. Um estudo israelense, publicado no periódico Parkinsonism and Related Disorders, mostrou que a baixa adesão a antidepressivos está correlacionada a um aumento na mortalidade por todas as causas entre pacientes de Parkinson. Em contrapartida, o uso correto das drogas em tratamentos de depressão leva a uma melhora também de sintomas físicos da doença de Parkinson.

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A ajuda da fonoaudiologia no Parkinson

fonoaudiologia no tratamento do Parkinson

Além dos sintomas motores conhecidos – tremor, desequilíbrio, rigidez, lentidão nos movimentos -, a doença de Parkinson afeta também a fala, a salivação e a deglutição. Porém, estes sintomas não surgem para todos os pacientes no mesmo estágio da doença, nem com a mesma intensidade. Na maioria das vezes, só são percebidos com o passar do tempo. Mas, vale o alerta: exercícios de fonoaudiologia no tratamento do Parkinson têm se mostrado eficientes no controle destes sintomas. Quanto antes eles forem tratados, melhores são os resultados obtidos. A fonoaudióloga Giovana Diaferia, da equipe do dr. Erich Fonoff, explica como a doença de Parkinson afeta a fala, a deglutição e a salivação. 

 

A FALA – Muitos pacientes apresentam mudanças no tom de voz e no ritmo da fala. A principal queixa é a voz fraca ou excessivamente baixa. Isto acontece quando as pregas vocais não se fecham corretamente, possivelmente devido à rigidez muscular e à lentidão dos movimentos. O parkinsoniano também pode ter uma fala monótona, ou seja, sem os tons graves e agudos realçados. Para quem ouve, as frases têm pouca entonação e velocidade, o que dá a impressão de falta de emoção. Alguns pacientes, por outro lado, tendem a acelerar o ritmo das palavras, o que também dificulta a compreensão. Assim, exercícios vocais possibilitam deixar a voz mais forte e a fala mais clara e compreensível. Os benefícios são rapidamente notados em conversas com familiares e amigos. Consequentemente, o paciente recupera a autoestima e a vontade de conviver socialmente. 

 

A DEGLUTIÇÃO – A deglutição fica comprometida em cerca de 50% dos pacientes diagnosticados com Parkinson. A principal causa é o enfraquecimento da musculatura da boca (língua, lábios, bochechas, céu da boca e garganta). Com este prejuízo, os alimentos não são bem mastigados, podendo levar a engasgos, tosses e pigarros. Os pacientes podem ter também dificuldades para engolir líquidos, como a própria saliva, e chegam a engasgar até com comprimidos, que antes eram deglutidos de maneira automática e sem desconforto. 

A dificuldade para engolir merece muita atenção, pois quando isso ocorre, o alimento pode desviar da rota natural da boca para o estômago e penetrar nas vias aéreas através da laringe. Se este alimento chega aos pulmões, pode haver pneumonia por aspiração. Além de exercícios e técnicas para engolir corretamente, o paciente deve considerar mudanças na dieta e na forma de se alimentar, como comer quantidades menores, optar por líquidos mais grossos e manter o queixo mais próximo do tronco ao engolir. 

A SALIVAÇÃO – Na maioria dos casos, o excesso de saliva acumulado na boca não é provocado por um aumento na produção da saliva. O que ocorre é que o paciente de Parkinson, com a progressão da doença, pode apresentar dificuldade em engolir qualquer coisa, inclusive a própria saliva. Em condições normais, isto ocorre automaticamente à medida em que ela é produzida. No parkinsoniano, o movimento motor automático deixa de ser realizado, levando ao acúmulo de saliva. Além de desconfortável, a saliva acumulada alerta para a dificuldade de deglutição e está também associada ao prejuízo da fala. É importante que familiares e cuidadores fiquem atentos quando a saliva escorre pelo canto da boca ou escapa entre os lábios, para evitar uma eventual aspiração ou pneumonia. Mais uma vez, exercícios de fonoaudiologia ajudam a controlar o problema e a fortalecer os músculos enfraquecidos. 

 

13 DICAS PARA PREVENIR ENGASGOS EM PACIENTES DE PARKINSON 

Não raro, os problemas na deglutição e o excesso de saliva na boca podem levar o parkinsoniano a engasgar. Para evitar que isso aconteça e aumentar o conforto do paciente com Parkinson, veja algumas dicas que todos podem seguir diariamente à mesa: 

  1. Não tenha pressa para comer 
  1. Realize as refeições sentado e mantenha a coluna reta 
  1. Não estique o pescoço para trás na tentativa de engolir o alimento ou o líquido 
  1. Evite alimentos grudentos e secos como pão de forma, bolacha água e sal, coco ralado, pipoca e farináceos (como aveia em farelo) 
  1. Escolha alimentos mais pastosos e sólidos e prefira líquidos mais grossos. Pois, o engasgo com líquidos é o mais frequente 
  1. Engula pelo menos 2 vezes após a mastigação do alimento na boca 
  1. Beba líquidos em pequenos goles 
  1. Coloque pouca quantidade de alimento na boca 
  1. Alterne líquidos e sólidos. Isto ajuda a limpar a comida da boca e da garganta 
  1.  Cuidado com canudos. Embora sejam úteis para quem tem tremores, eles podem entrar muito fundo na garganta. Desta forma, mantenha-os sempre nos lábios  
  1.  Mantenha o queixo próximo ao tronco. Pois, quando o queixo está elevado, a traqueia se abre mais, o que facilita a descida de alimentos para os pulmões 
  1.  Não deite logo após as refeições. Espere a comida ‘descer’ um pouco 
  1.  Lembre-se de engolir a saliva frequentemente e antes de falar. 

Tratamento do Mal de Parkinson.  

 

Atualizado em 19/10/2022.

Cuidados com a medicação na doença de Parkinson

como cuidar da medicação na doença de Parkinson

Nos primeiros estágios da doença de Parkinson, esquecer o horário de uma medicação ou se atrapalhar com a quantidade de remédios talvez não comprometa tanto o tratamento nem provoca efeitos indesejados. Porém, à medida que a doença progride, manter a disciplina com os horários dos medicamentos é fundamental para aumentar o período ON, quando o paciente está sob efeito da droga, e, assim, evitar que o período OFF apareça antes do previsto. Quando isso ocorre, os sintomas da doença ficam evidentes e desconfortáveis até a dose seguinte. Tomar outros remédios, sem o conhecimento do neurologista, também pode complicar o tratamento da doença de Parkinson. Muitas substâncias, compradas na farmácia sem receita médica, comprometem a eficácia das drogas antiparkinsonianas. Veja como cuidar da medicação na doença de Parkinson a seguir:

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Dr. Erich Fonoff fala sobre Parkinson e morte

Dr. Erich Fonoff fala sobre doença de Parkinson e morte

 

Parkinson Hoje segue com a série Dr. Erich Fonoff Responde no nosso canal no YouTube. Com a missão de trazer informações úteis e tirar dúvidas sobre o Parkinson, a série de vídeos responde às principais perguntas que os leitores têm sobre a doença, como os sintomas, os tratamentos e outros assuntos fundamentais para pacientes, familiares e cuidadores.

Quem responde é o nosso diretor técnico, Dr. Erich Fonoff, médico neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento. Neste vídeo, o Dr. Erich Fonoff fala se a doença de Parkinson pode levar à morte.

Se preferir assistir direto no YouTube, clique aqui.

Atualizado em 14/09/2017.

Dr. Erich Fonoff explica o que é tremor essencial

o que é tremor essencial

O tremor, o sintoma mais conhecido da doença de Parkinson, não atinge apenas parkinsonianos. Conhecido como tremor essencial quando não está associado à doença, ele é o distúrbio do movimento mais comum que existe e atinge 20% da população acima de 65 anos e 5% da população geral, número superior ao Parkinson. Para esclarecer a diferença entre as duas condições e explicar o que é tremor essencial, seus tratamentos e o que o causa, o neurocirurgião Erich Fonoff, especialista em cirurgia de Parkinson, responde nove perguntas recorrentes.

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Remédio para diabetes é usado no tratamento de Parkinson

tratamento de Parkinson

Estudo mostra que medicamento utilizado para tratar diabetes tipo 2, a exenatida, pode ser eficaz no tratamento de Parkinson. Além de melhorar questões relacionadas ao movimento, ela também pode reduzir a progressão da doença. Os medicamentos antiparkinsonianos disponíveis no mercado hoje ajudam a controlar os sintomas, porém nenhum deles impede a doença de progredir.

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