Cuidados com a medicação na doença de Parkinson

Nos primeiros estágios da doença de Parkinson, esquecer o horário de uma medicação ou se atrapalhar com a quantidade de remédios talvez não comprometa tanto o tratamento nem provoca efeitos indesejados. Porém, à medida que a doença progride, manter a disciplina com os horários dos medicamentos é fundamental para aumentar o período ON, quando o paciente está sob efeito da droga, e, assim, evitar que o período OFF apareça antes do previsto. Quando isso ocorre, os sintomas da doença ficam evidentes e desconfortáveis até a dose seguinte. Tomar outros remédios, sem o conhecimento do neurologista, também pode complicar o tratamento da doença de Parkinson. Muitas substâncias, compradas na farmácia sem receita médica, comprometem a eficácia das drogas antiparkinsonianas. Veja como cuidar da medicação na doença de Parkinson a seguir:

– Tenha sempre um mini estoque da medicação. Não espere chegar à última dose para providenciar mais remédio. Quando abrir a última caixa, já é hora de ir à farmácia.

– Armazene a dose diária separadamente. Em potes plásticos, com os dias da semana definidos, guarde as pílulas que precisa tomar. Assim, não há o risco de se esquecer ou tomar mais ou menos que o necessário.

– Conheça o efeito da medicação. Saiba como ela reage com outras medicações, as reações que ela provoca no seu organismo e se é melhor ingerir com estômago cheio ou vazio. Ao entender seu funcionamento, controlar os efeitos desagradáveis pode ser mais fácil.

– Tenha o médico como seu aliado. Conte ao neurologista todos os efeitos colaterais ou eventuais mudanças no organismo que as medicações produzirem. Até alterações emocionais precisam ser relatadas. Em muitos casos, um ajuste de dose ou até mesmo uma mudança no tratamento pode amenizar o desconforto.

– Use um alarme. Você não precisa contar com sua memória para cada medicação. Existem inúmeros aplicativos, que podem ser baixados gratuitamente no telefone celular, para auxiliar no controle do tratamento. Outra opção é usar o próprio alarme do aparelho.

– Não se automedique. Converse com seu médico antes de tomar qualquer medicação, mesmo que esta não tenha a ver com a doença de Parkinson. A mistura de substâncias pode provocar efeitos colaterais indesejados.

É importante ressaltar que pacientes de Parkinson devem se consultar com um neurologista especializado em distúrbios do movimento. Este profissional é o mais capacitado para orientar sobre a mistura de medicamentos e a melhor forma de tirar proveito de cada um deles. Cuidar da medicação na doença de Parkinson é fundamental para o sucesso do tratamento.

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Atualizado em 27/08/2018.