Todo tremor é Parkinson?

Embora o tremor esteja sempre associado ao Parkinson, ele também surge isoladamente em não portadores da doença. O tremor essencial, como é chamado, é o distúrbio do movimento mais comum que existe, afetando mais pessoas que o próprio Parkinson. Cerca de 20% da população acima de 65 podem ter tremor essencial em algum momento. Entenda a diferença entre o tremor essencial e o tremor de Parkinson.

O tremor essencial provoca tremores involuntários e rítmicos, principalmente nas mãos, durante um movimento voluntário. Ele começa gradualmente em um lado do corpo e atinge braços, cabeça, laringe, língua e queixo. O curioso é que, ao contrário do tremor de Parkinson, o tremor essencial ocorre quando a pessoa está se mexendo, e não em repouso. Tarefas simples, como tomar um café ou abotoar uma camisa, passam a ser grandes desafios e, não raro, provocam situações constrangedoras. Ainda não se sabe o que provoca os tremores essenciais. Mas já está comprovado que o distúrbio é genético. Ou seja, filhos de um portador têm o risco aumentando de apresentar o problema. Há medicações para controlar o tremor, porém nem todos pacientes respondem adequadamente. A cirurgia de estimulação profunda do cérebro é uma opção cada vez mais segura e eficaz.

Já o tremor de Parkinson tem outras características. Ele é um dos primeiros sinais da doença e começa timidamente em um dedo da mão ou em uma perna em um momento de repouso, quando a pessoa está parada. A área afetada treme quando não está em movimento. Ao se mexer, se levantar ou mudar de posição, o tremor tende a parar. Com a progressão da doença, ele pode ficar mais evidente e afetar os dois lados do corpo. Os pacientes relatam que em períodos de ansiedade, estresse ou fadiga, o tremor fica mais forte. Embora seja o sintoma mais evidente da doença, o tremor não é o mais incapacitante nem atinge todos os portadores. Nos primeiros estágios da doença, apertar uma bola de tênis ajuda a controlar os tremores. As medicações para o Parkinson, como levodopa e agonistas dopaminérgicos, assim como a cirurgia de estimulação cerebral profunda, têm bons resultados no controle dos tremores.

Saiba mais sobre os sintomas da doença.

Atualizado em 28/08/2018.