Entenda a rigidez, um dos principais sintomas da doença de Parkinson

A rigidez está entre os três principais sintomas da doença de Parkinson – os outros são tremores e lentidão dos movimentos. Desconfortável, dolorido e imprevisível, este sintoma atinge braços, pernas e até o pescoço e reduz a amplitude de movimento. A maioria dos pacientes apresenta algum grau de rigidez ao longo da vida. O que ocorre é que os músculos, que contraem em movimento e relaxam em repouso, perdem sua capacidade de relaxar. Uma paciente de Parkinson definiu com clareza a sensação: ‘A rigidez nos engessa’.  A seguir, entenda as principais características da rigidez.

  • Estima-se que mais de 90% dos pacientes de Parkinson apresentem, em algum momento, rigidez. A razão não é totalmente esclarecida. Mas, acredita-se que a redução de dopamina no cérebro, causada pela doença de Parkinson, esteja associada a este sintoma.
  • A rigidez, frequentemente, acontece associada à lentidão de movimentos (bradicinesia). Uma sensação de fraqueza e dor podem ocorrer também. Ela surge, na maioria das pessoas, em um braço, passa para a perna e, então, atinge o outro lado do corpo.
  • Os músculos esticam quando estão em movimento e relaxam em repouso. A rigidez impede que isso aconteça e os mantém contraídos por mais tempo. Com isto, a pessoa sofre um desconforto semelhante à câimbra.
  • A rigidez dificulta atividades simples do cotidiano, como se vestir e se alimentar. A postura de quem tem rigidez também fica comprometida e levemente inclinada para frente. Os braços balançam menos ao caminhar.
  • A rigidez atinge os músculos faciais também. Por isso, há uma perda de expressão, que é conhecida como rosco mascarado. O paciente sente as emoções, mas não consegue demonstrá-las no rosto.
  • O tratamento mais comum para a rigidez é com levodopa, principal medicação antiparkinsoniana. A cirurgia de estimulação cerebral profunda também é uma opção a ser considerada. No entanto, os tratamentos para Parkinson são feitos sob medida, isto significa que aquilo que funciona para um paciente pode não funcionar para todos.
  • Um médico especialista em transtornos do movimento é o mais indicado para acompanhar o tratamento para rigidez.
  • Seguir um plano de exercícios físicos é importante para manter a flexibilidade e a independência. Eles também ajudam a fortalecer os músculos e aliviar eventuais dores e desconforto.
  • Sessões de fisioterapia ou terapia ocupacional também são indicadas. Estes profissionais podem trabalhar para garantir a mobilidade e a autonomia, com dicas, exercícios e acessórios.

Saiba como deixar sua casa mais segura para evitar quedas. Muitas vezes, mudar móveis de lugar ou fixar tapetes no chão podem fazer a diferença.

Atualizado em 05/11/2018.