No momento, você está visualizando Distúrbios do movimento: os tratamentos do Instituto Parkinson Hoje

Distúrbios do movimento: os tratamentos do Instituto Parkinson Hoje

O Instituto Parkinson Hoje se consolidou como um centro de referência no tratamento para distúrbios do movimento e outras condições neurológicas; saiba mais

Localizado em São Paulo, o Instituto Parkinson Hoje foi criado para ser um centro de excelência no atendimento de pessoas com distúrbios do movimento. (Imagem: arquivo pessoal)

 

Os distúrbios do movimento, como a doença de Parkinson, o tremor essencial, a distonia e a síndrome de Tourette, afetam diretamente a autonomia e a qualidade de vida de milhares de pessoas. Embora cada condição tenha suas particularidades, todas têm em comum a necessidade de um diagnóstico preciso e de um tratamento personalizado, que vai muito além de medicamentos.

Neste artigo, você vai entender os principais tipos de tratamento disponíveis para os distúrbios do movimento, como funciona o cuidado especializado e por que a atuação de uma equipe multidisciplinar faz toda a diferença na vida de quem convive com essas condições.

O que são distúrbios do movimento?

Distúrbios do movimento são alterações neurológicas que afetam a forma como o corpo realiza ou controla os movimentos. Eles podem se manifestar como lentidão, rigidez muscular, tremores, espasmos ou até movimentos involuntários e repetitivos. Essas condições impactam diretamente a mobilidade e a autonomia da pessoa, interferindo em tarefas simples do dia a dia.

Entre os distúrbios mais conhecidos estão:

  • Doença de Parkinson, caracterizada principalmente por tremores, rigidez muscular e lentidão de movimentos.
  • Tremor essencial, que causa tremores involuntários, principalmente nas mãos, durante movimentos voluntários.
  • Distonia, que provoca contrações musculares sustentadas e posturas anormais.
  • Síndrome de Tourette, conhecida pelos tiques motores e vocais.
  • Coreia e Atetose, que envolvem movimentos involuntários mais amplos e irregulares.

Paralisia supranuclear progressiva e atrofia de múltiplos sistemas, também são associadas a alterações motoras. No entanto, não entram na lista por serem condições neurodegenerativas menos comuns.

Os distúrbios podem surgir de causas genéticas, ambientais, lesões neurológicas ou serem idiopáticos, ou seja, sem causa conhecida. Sobre o  diagnóstico, ele é feito por neurologistas, que avaliam sinais clínicos e, em alguns casos, solicitam exames complementares para descartar outras condições.

Embora não exista cura para a maioria desses distúrbios, há diversos tratamentos disponíveis que ajudam a controlar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Os tratamentos para os distúrbios do movimento

Com os avanços da medicina, novas abordagens vêm transformando o cuidado com esses pacientes. Entre elas estão os tratamentos farmacológicos, a reabilitação multidisciplinar e as técnicas de neuromodulação não invasivas, como, por exemplo, a estimulação magnética transcraniana, e invasivas, como a cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS).

Tratamento medicamentoso: o primeiro passo

Na maioria dos casos, o tratamento dos distúrbios do movimento começa com medicamentos. Eles são fundamentais para controlar os sintomas motores e ajudam a oferecer mais conforto e funcionalidade no dia a dia.

Na doença de Parkinson, por exemplo, a medicação mais conhecida é a levodopa, que atua aumentando os níveis de dopamina no cérebro. Outros medicamentos, como agonistas dopaminérgicos, inibidores da MAO-B e anticolinérgicos, também podem ser usados, dependendo das necessidades de cada paciente.

Para condições como a distonia, é comum o uso de relaxantes musculares ou a aplicação de toxina botulínica em áreas específicas, para aliviar espasmos e dores musculares.

No caso da síndrome de Tourette, os medicamentos ajudam a reduzir a frequência e intensidade dos tiques, escolhidos com cuidado para evitar efeitos colaterais indesejados.

Cada pessoa responde de forma diferente ao tratamento. Por isso, o acompanhamento médico regular é essencial para ajustar doses, combinar medicamentos e observar a evolução dos sintomas.

Embora os remédios sejam uma etapa importante, em muitos casos eles precisam ser complementados com outras formas de tratamento para garantir melhores resultados.

A abordagem multidisciplinar como segundo passo

Os distúrbios do movimento afetam o corpo, mas também causam impacto emocional, cognitivo e social na vida de quem convive com a condição. Por isso, o tratamento não se limita aos medicamentos. Ele deve ser abrangente, contínuo e adaptado às necessidades específicas de cada paciente.

Nesse contexto, a abordagem multidisciplinar é essencial. Ela reúne diferentes especialidades que atuam de forma integrada para promover ganhos motores, cognitivos e emocionais. Entre os profissionais envolvidos, estão fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, neuropsicólogos, psiquiatras e psicólogos.

A combinação desses cuidados contribui para um tratamento mais eficaz e humano. Ela também oferece suporte à família e aos cuidadores, que fazem parte dessa jornada.

Mais do que tratar sintomas isolados, a abordagem multidisciplinar promove qualidade de vida e devolve ao paciente a possibilidade de se movimentar com mais segurança, autonomia e dignidade.

Cirurgia e neuromodulação, quando devem ser utilizados?

Em alguns casos, mesmo com o uso de medicamentos e o acompanhamento multidisciplinar, os sintomas dos distúrbios do movimento continuam interferindo de forma significativa na vida da pessoa. Quando isso acontece, os tratamentos com neuromodulação e cirurgia podem ser indicados como alternativa para melhorar a qualidade de vida.

Um dos métodos mais conhecidos é a estimulação cerebral profunda, ou DBS. Essa técnica consiste na implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro para regular os circuitos neurais que estão desorganizados pela doença. O procedimento é minimamente invasivo, reversível e ajustável, o que permite personalizar o tratamento ao longo do tempo.

A cirurgia de DBS tem sido amplamente utilizada para casos avançados de doença de Parkinson, mas também apresenta bons resultados em outras condições, como distonia e tremor essencial. Ela não é indicada para todos os pacientes, já que depende de uma avaliação clínica criteriosa e de exames específicos.

A DBS já transformou a vida de centenas de pacientes com Parkinson e distúrbios do movimento no Brasil (Imagem: arquivo pessoal).

 

Além dessa técnica, existem outras formas de neuromodulação, como técnicas não invasivas de estimulação cerebral (EMT, ETCC e outros) ou uso de bombas de infusão de medicamentos. Essas opções também podem ser consideradas conforme o quadro de cada paciente.

Esses procedimentos não curam os distúrbios do movimento, mas podem oferecer uma melhora importante dos sintomas motores, reduzir a necessidade de medicamentos e ampliar a funcionalidade no dia a dia. Tudo isso, claro, em uma estratégia de tratamento bem acompanhada e segura.

Instituto Parkinson Hoje, onde todos os tratamentos se encontram

O site oficial do Instituto Parkinson Hoje reúne informações sobre tratamentos, equipe, agendamentos e atualizações científicas em distúrbios do movimento. (Imagem: arquivo pessoal)

 

Quando falamos em tratamento para distúrbios do movimento, ter acesso a uma equipe especializada, protocolos personalizados e tecnologia de ponta faz toda a diferença. É nesse contexto que o Instituto Parkinson Hoje surge.

Localizado em São Paulo, o Instituto é um centro de referência no atendimento de pessoas com Parkinson, tremor essencial, distonia, síndrome de Tourette e outras condições neurológicas complexas. Com uma abordagem que integra neurologia, neurocirurgia, fisioterapia e neuropsicologia. Ele é formado por profissionais com formação científica sólida, experiência clínica e um olhar humano para cada paciente.

O Instituto também é um dos poucos no país com especialização em neuromodulação e cirurgia para distúrbios do movimento, como a estimulação cerebral profunda (DBS), e atua fortemente na produção de conhecimento, ensino e pesquisa na área.

Acesse o site oficial do Instituto Parkinson Hoje para ter mais informações sobre os tratamentos e agendamentos de consulta.

Por aqui, continuamos como um braço do Instituto, levando informação com responsabilidade e promovendo o cuidado com base em evidências.

Erich Fonoff

Dr. Erich Fonoff é médico neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em neurocirurgia funcional, com ênfase nas áreas de dor, doença de Parkinson, tremor essencial e outros distúrbios do movimento. O seu trabalho na cirurgia de Parkinson documentou avanços significativos nos últimos anos, principalmente no aprimoramento da Estimulação Cerebral Profunda. CRM (SP): 93.868