Realidade virtual reduz quedas em pacientes de Parkinson

Um novo estudo realizado na Universidade de Tel Aviv mostra que tratamento que combina realidade virtual e exercícios feitos em esteira reduz significativamente a incidência de quedas em pacientes de Parkinson. O que ocorre é que este treino casado muda o comportamento cerebral e melhora a plasticidade do cérebro. Os benefícios podem ser ampliados a pacientes com outras doenças neurodegenerativas.

Com a diminuição da produção de dopamina, um neurotransmissor que atua no envio de mensagens para as partes do cérebro que controlam os movimentos e a coordenação, os pacientes de Parkinson têm maior dificuldade para andar e manter o equilíbrio, o que pode levar a quedas, muitas vezes fatais.

O estudo mostrou que, com o treinamento duplo, o número de quedas em pacientes de Parkinson diminuiu. Também houve uma redução no número de neurônios ativados numa área do cérebro conhecida como córtex pré-frontal, o que reflete em um maior controle motor e melhor capacidade de realizar tarefas que demandam agilidade cognitiva.

A PESQUISA
Os pesquisadores analisaram dois grupos, que se exercitaram três vezes por semana, durante uma hora cada vez, durante seis semanas. O primeiro grupo apenas caminhou na esteira. Já o segundo acompanhava seus passos, em um jogo de realidade virtual, caminhando por parques e ruas da cidade. Durante o ‘jogo’, eles precisaram lidar com obstáculos e desafios e, ainda, tiveram que tomar decisões, planejar o que fariam e realizar mais de uma tarefa por vez. Ou seja, além do esforço físico, foram forçados a trabalhar o cognitivo para garantir a segurança.

Em resumo, a pesquisa, que foi publicada recentemente no periódico Neurology, engrossa as recomendações médicas já conhecidas para controlar os sintomas da doença de Parkinson: é fundamental combinar reabilitação cognitiva com treinamento motor e físico para maior benefício dos pacientes.

E, o que deixou os pesquisadores israelenses mais animados foi o fato de que mesmo em estágios avançados da doença, ainda é possível obter alguma plasticidade no cérebro e obter benefícios para questões pontuais.

Saiba como manter a casa segura e evitar quedas.

Atualizado em 01/12/2017.