Doença de Parkinson: busque informações relevantes sempre

A informação é a melhor ferramenta para lidar com uma doença. Conhecer como ela afeta o organismo, quais são os tratamentos disponíveis e como é possível controlar os sintomas ajuda a enfrentar os desafios impostos por ela. Veja aqui 7 fatos importantes sobre a doença de Parkinson:

 1. O diagnóstico é difícil.

O diagnóstico do Parkinson desafia até mesmo os médicos – principalmente aqueles que não são especialistas na área – e exige, muitas vezes, mais de uma consulta com um neurologista. Ainda não existe um único exame a ser feito ou uma só maneira de se fazer o diagnóstico do Parkinson. Por isso, muitos pacientes passam meses e até anos sem receber o diagnóstico certo e, por isso, seguem com os sintomas, porém, sem o tratamento adequado. Para se chegar à conclusão, os médicos especialistas procuram vários sintomas e realizam alguns testes em consultório. Saiba mais sobre diagnóstico.

2. O prognóstico é incerto.

Tremores, lentidão no movimento, rigidez muscular, perda de equilíbrio, má postura, alterações na fala… Estes são os principais sintomas do Parkinson. Mas, ainda que a doença siga um script parecido, não é possível prever quais sintomas cada paciente terá e como eles se desenvolverão. Enquanto alguns parkinsonianos conseguem correr e praticar esportes, outros têm muita dificuldade para se locomover. Enquanto uns seguem trabalhando, outros precisam rever a carreira. Cada caso é único. Cada paciente é único.

3. A atividade física faz parte do tratamento.

Ainda que não exista cura para o Parkinson, há inúmeras maneiras de controlar os sintomas e aumentar a qualidade de vida dos pacientes. Uma parte importante do tratamento, unanimidade entre os médicos, é a prática de atividade física. Muitos estudos científicos comprovam que os pacientes de Parkinson que fazem exercícios regularmente conseguem manter as atividades normais do dia-a-dia por mais tempo e reduzir a velocidade da progressão dos sintomas, como falta de flexibilidade e rigidez muscular. Vale ressaltar que não é preciso longas horas de treinos em academias. Qualquer pequena caminhada já traz benefícios, físicos e emocionais. 

4. A doença de Parkinson tem uma série de sintomas não-motores.

A maioria das pessoas associa a doença a tremores e dificuldades motoras, como rigidez muscular, falta de equilíbrio e lentidão para se locomover. Porém, há vários outros sintomas menos conhecidos, mas tão comprometedores quanto. Parkinson atinge os músculos responsáveis pela fala e deglutição, fazendo com que os parkinsonianos tenham dificuldade para engolir e diminuição do volume da voz. Pacientes também relatam dores no corpo, falta de concentração, fadiga, sono pouco restaurador, constipação, diminuição do olfato e alteração no peso. Estes sintomas não-motores podem se manifestar bem antes de o diagnóstico ser estabelecido, o que faz com que muita gente siga anos sem tratamento.

5. Parkinsonianos têm maior risco de desenvolver câncer de pele.

Um estudo publicado no periódico Mayo Clinic Proceedings, nos Estados Unidos, comprovou que pacientes de Parkinson têm maior risco de desenvolver melanoma, um perigoso câncer de pele. Chamou atenção que o contrário também ocorre: pessoas com este câncer têm o risco de desenvolver Parkinson aumentado. Portanto, neurologistas (que tratam Parkinson), dermatologistas (que cuidam de pele) e oncologistas (médicos que trabalham com câncer) devem estar alertas para essa combinação perigosa em seus pacientes.

6. Quase metade dos pacientes de Parkinson tem depressão.

Quadros de depressão e ansiedade são extremamente comuns em pacientes com doenças crônicas. Em parkinsonianos, transtornos mentais são ainda mais recorrentes. Estima-se que a depressão, isoladamente, é a alteração não-motora mais comum na doença de Parkinson, presente em quase 50% dos pacientes. Quando não tratada, ela chega a intensificar os outros sintomas da doença, além de comprometer a capacidade cognitiva e, consequentemente, piorar a qualidade de vida. Entenda como é a depressão na doença de Parkinson.

7. Parkinson não é transmissível.

Parkinson é uma doença degenerativa do cérebro, não contagiosa. Muitos estudos mostram uma relação da doença com alguns fatores de risco, como exposição a produtos químicos, toxinas industriais e, principalmente, idade. Porém, não existe comprovação científica de que seja causada por um vírus. Desta forma, o risco de ‘pegar’ Parkinson de uma pessoa ou transmiti-la a alguém não tem fundamento.

Atualizado em 10/09/2019.