Neurologista Especialista em Tremor Essencial em SP

O tremor essencial é um dos distúrbios neurológicos do movimento mais comuns e pode afetar significativamente a qualidade de vida. Diferente do tremor causado pelo Parkinson, ele pode surgir de forma hereditária e se agravar com o tempo.

O Dr. Erich Fonoff, neurologista e neurocirurgião funcional com atuação em São Paulo, é referência no diagnóstico e tratamento de tremor essencial, oferecendo abordagens modernas e personalizadas com base em evidências científicas.


O que é o Tremor Essencial?

O tremor essencial é um distúrbio neurológico crônico que provoca tremores involuntários e rítmicos, geralmente nas mãos, mas que também pode atingir cabeça, voz e outras partes do corpo. Diferente de outras condições, como o Parkinson, o tremor essencial não está associado a rigidez muscular ou lentidão dos movimentos.

Características principais do tremor essencial:

  • Tremor que se manifesta principalmente durante movimentos voluntários (como escrever, segurar um copo ou comer).
  • Pode afetar ambos os lados do corpo, mas costuma ser mais intenso de um lado.
  • Muitas vezes há histórico familiar da condição (tremor essencial hereditário).
  • O estresse, cansaço ou consumo de cafeína podem intensificar os sintomas.

Tremor Essencial x Doença de Parkinson

Embora muitas vezes confundido, o tremor essencial tem características distintas da Doença de Parkinson:

CaracterísticaTremor EssencialParkinson
InícioDurante movimentosEm repouso
RitmoRápidoLento
SimetriaFrequentemente bilateralGeralmente unilateral no início
Outros sintomasSem rigidez ou lentidãoPresença de rigidez, bradicinesia

Um neurologista especializado é essencial para um diagnóstico preciso e indicação do melhor tratamento.


Causas do Tremor Essencial

Apesar de ainda não completamente compreendida, a condição pode ter origem em fatores como:

  • Genética: Cerca de 50% dos casos são hereditários.
  • Disfunção do cerebelo: Alterações em áreas cerebrais responsáveis pela coordenação motora.
  • Fatores ambientais: Ainda em estudo, mas suspeita-se de influência de toxinas ou desequilíbrios neuroquímicos.

Diagnóstico com Especialista

O diagnóstico do tremor essencial é clínico, realizado por meio de uma avaliação neurológica detalhada. O Dr. Erich Fonoff utiliza exames complementares para excluir outras condições e confirmar o diagnóstico:

📌 Ressonância Magnética
📌 Eletromiografia (EMG)
📌 Testes neurológicos funcionais
📌 Avaliação genética (quando aplicável)

O acompanhamento com um neurologista especialista em distúrbios do movimento em SP é fundamental para um diagnóstico confiável.


Tratamentos para Tremor Essencial

O tratamento do tremor essencial é individualizado e pode envolver:

1. Medicamentos

  • Propranolol (betabloqueador)
  • Primidona (anticonvulsivante)
  • Outras medicações, de acordo com a resposta e tolerância do paciente

2. Toxina Botulínica

  • Indicada principalmente para tremores focais (como voz ou cabeça)
  • Eficaz em reduzir a amplitude dos movimentos involuntários

3. Estimulação Cerebral Profunda (DBS)

Para casos severos e refratários à medicação, a cirurgia de estimulação cerebral profunda pode oferecer alívio significativo.

🔹 Benefícios da DBS no tremor essencial:

  • Redução de até 80% do tremor em casos indicados
  • Procedimento reversível e ajustável
  • Segurança e eficácia comprovadas em estudos clínicos

O Dr. Erich Fonoff é referência nacional nesse procedimento, atuando com tecnologia de ponta e equipe multidisciplinar.


A procura de um médico especialista em tremor essencial em São Paulo? Conheça o Dr. Erich Fonoff

O Dr. Erich Fonoff é médico neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em neurocirurgia funcional, com ênfase nas áreas de dor, doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento. É professor livre-docente do departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP.

Atuou como médico neurocirurgião na equipe do Hospital das Clínicas da FMUSP e coordenou o Laboratório de Neuromodulação de Dor Experimental do Hospital Sírio-Libanês. Ele é diretor técnico do canal Parkinson Hoje, comunidade online que reúne informações, dicas e materiais educacionais para todos aqueles que convivem com a doença de Parkinson. Parkinson Hoje e este site tem caráter exclusivo de esclarecimento e educação à sociedade e é produzido de acordo com a resolução CFM Nº 1.974/2011.

Se você ou um familiar sofrem com os sintomas da distonia, entre em contato para agendar uma avaliação especializada com o Dr. Erich Fonoff e descubra as melhores opções de tratamento.

Neurologista Especialista em Distonia em São Paulo

A distonia é um distúrbio neurológico que causa contrações musculares involuntárias, levando a movimentos repetitivos ou posturas anormais. Essa condição pode afetar diversas partes do corpo e comprometer significativamente a qualidade de vida do paciente.

O Dr. Erich Fonoff, renomado neurologista e neurocirurgião especializado em distúrbios do movimento, oferece um tratamento personalizado e baseado nas mais recentes pesquisas científicas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com distonia em São Paulo.


O que é a Distonia?

A distonia é um distúrbio do movimento caracterizado por contrações musculares involuntárias sustentadas, resultando em torções anormais, tremores e posturas alteradas. A condição pode afetar um único músculo, um grupo de músculos ou todo o corpo.

A distonia pode ser classificada de acordo com sua origem:

Tipos de Distonia

1. Distonia Focal

Atinge apenas uma região do corpo, como:

  • Distonia cervical: afeta o pescoço, causando inclinação involuntária.
  • Blefaroespasmo: afeta as pálpebras, resultando em piscamento excessivo.
  • Distonia do músico ou do escritor: contrações em mãos e dedos, comuns em atividades repetitivas.

2. Distonia Segmentar

Atinge duas ou mais regiões do corpo adjacentes.

3. Distonia Generalizada

Acomete todo o corpo, podendo comprometer a locomoção.

4. Distonia Secundária

Surge como consequência de outra condição neurológica, como traumatismos, AVC ou efeitos colaterais de medicamentos.


Causas da Distonia

A origem da distonia pode estar relacionada a diferentes fatores:

  • Genética: Algumas formas de distonia são hereditárias.
  • Disfunção dos gânglios da base: Regiões do cérebro envolvidas no controle motor.
  • Lesões cerebrais: Acidentes vasculares cerebrais (AVC), traumatismos cranianos ou exposição a toxinas.
  • Efeitos colaterais de medicamentos: Certos neurolépticos podem desencadear a condição.

Sintomas da Distonia

Os sintomas variam conforme o tipo de distonia, mas os mais comuns incluem:

✅ Contrações musculares involuntárias e sustentadas
✅ Posturas anormais ou torções involuntárias
✅ Dores musculares devido ao esforço excessivo
✅ Tremores associados aos movimentos
✅ Dificuldade para falar ou engolir (em casos de distonia oromandibular)


Diagnóstico da Distonia

O diagnóstico da distonia é clínico e realizado com base na avaliação dos sintomas e histórico médico do paciente. O Dr. Erich Fonoff utiliza exames complementares para confirmar a condição, como:

📌 Ressonância Magnética (RM) – Avaliação estrutural do cérebro
📌 Eletromiografia (EMG) – Análise da atividade muscular
📌 Testes genéticos – Identificação de mutações associadas


Tratamentos para Distonia

O tratamento da distonia depende do tipo e da gravidade do quadro clínico. O Dr. Erich Fonoff oferece abordagens personalizadas, que podem incluir:

1. Tratamento com Toxina Botulínica (Botox®)

A aplicação da toxina botulínica é um dos tratamentos mais eficazes para distonias focais, como a distonia cervical e o blefaroespasmo. O Botox® age bloqueando temporariamente a liberação de neurotransmissores, reduzindo as contrações musculares involuntárias.

💡 Benefícios:
✔ Alívio dos sintomas por 3 a 6 meses
✔ Procedimento minimamente invasivo
✔ Melhora significativa na qualidade de vida

2. Tratamento Medicamentoso

O uso de medicamentos pode ajudar a controlar os sintomas da distonia. Entre as principais classes de fármacos utilizados estão:

  • Anticolinérgicos (Trihexifenidil)
  • Relaxantes musculares (Baclofeno)
  • Neurolépticos atípicos

3. Cirurgia para Distonia: Estimulação Cerebral Profunda (DBS)

Para casos graves e refratários ao tratamento clínico, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é uma opção avançada. Essa técnica neurocirúrgica consiste na implantação de eletrodos nos gânglios da base para modular a atividade cerebral anormal.

🔹 Vantagens da DBS:
✅ Redução significativa dos sintomas
✅ Ajustes personalizados para cada paciente
✅ Procedimento seguro e minimamente invasivo


A procura de um médico especialista em distonias em São Paulo? Conheça o Dr. Erich Fonoff

O Dr. Erich Fonoff é médico neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em neurocirurgia funcional, com ênfase nas áreas de dor, doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento. É professor livre-docente do departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP.

Atuou como médico neurocirurgião na equipe do Hospital das Clínicas da FMUSP e coordenou o Laboratório de Neuromodulação de Dor Experimental do Hospital Sírio-Libanês. Ele é diretor técnico do canal Parkinson Hoje, comunidade online que reúne informações, dicas e materiais educacionais para todos aqueles que convivem com a doença de Parkinson. Parkinson Hoje e este site tem caráter exclusivo de esclarecimento e educação à sociedade e é produzido de acordo com a resolução CFM Nº 1.974/2011.

Se você ou um familiar sofrem com os sintomas da distonia, entre em contato para agendar uma avaliação especializada com o Dr. Erich Fonoff e descubra as melhores opções de tratamento.

 

Marcha do parkinsoniano melhora com estimulação da medula

Estimulação melhora marcha do parkinsoniano

A publicação Neurology Today, uma das mais importantes relacionadas à divulgação de estudos científicos na área de neurologia, apresentou esta semana, no Congresso Internacional de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento, no Canadá, o resultado favorável de uma pesquisa sobre estimulação da medula espinhal com efeitos positivos expressivos na marcha do parkinsoniano. Embora os resultados sejam iniciais e, portanto, ainda não conclusivos, o trabalho foi considerado muito promissor porque confirma resultados de outros estudos semelhantes.

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Dr. Erich Fonoff responde: Em que idade a doença de Parkinson é mais comum?

Erich Fonoff responde idade parkinson

A doença de Parkinson é heterogênea, sendo assim a intensidade de suas manifestações clínicas variam de pessoa para pessoa. Contudo, sua progressão vêm sendo relacionada com o processo de envelhecimento. No entanto, vale ressaltar que esta doença pode acometer as populações mais jovens. Assim, é importante conhecer qual a idade em que a doença de Parkinson pode iniciar, bem como a idade da qual ela é mais comum.
O canal Parkinson Hoje possui uma série no nosso canal no YouTube para responder as principais perguntas que os leitores têm sobre a doença de Parkinson, os sintomas, os tratamentos e outros assuntos fundamentais para pacientes, familiares e cuidadores. Quem responde é o nosso diretor técnico, Dr. Erich Fonoff, médico neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento.
Assista logo abaixo o vídeo em que o Dr. Erich fala sobre a idade em que a doença de Parkinson é mais comum.

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Genética na doença de Parkinson – Avanços nos Estudos Genéticos na Progressão da Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é o distúrbio do movimento neurodegenerativo mais comum do mundo, afetando cerca de 1% da população com mais de 60 anos. O principal achado patológico da doença, até o momento, se concentra na perda de neurônios dopaminérgicos da substância nigra, responsável pelos principais sintomas clínicos da doença, incluindo bradicinesia, rigidez, tremor e alteração postural.

Nos últimos anos, no entanto, houve significativo progresso na análise da genética na doença de Parkinson. As descobertas nos estudos de associação genética têm trazido esperança na busca por terapias mais eficientes no combate ao progresso desta enfermidade, iniciando uma nova era de investigação da genética no Parkinson.

O progresso do estudo da genética na doença de Parkinson

A doença de Parkinson foi durante muito tempo encarada como unicamente esporádica, sem se considerar qualquer contribuição da genética para sua complexa progressão. Em 1997, a partir de diferentes estudos sobre o tema, chegou-se na identificação de mutações responsáveis pelo aparecimento do Parkinson no gene codificante α-sinucleína (SNCA), o que mudou para sempre a visão da comunidade científica em relação à doença de Parkinson.

Pouco tempo depois da descoberta deste gene codificante, novos genes foram associados à doença de Parkinson, localizados em regiões cromossômicas diferentes das descobertas anteriores, levando à percepção de que o Parkinson é uma doença poligênica (causada por uma combinação de fatores ambientais, mutações em genes múltiplos e envelhecimento). Desde então, vários outros genes implicados no aparecimento do Parkinson, bem como várias formas monogênicas da doença e diversos fatores de risco genético foram identificados.

Diversas mutações altamente penetrantes produzindo formas raras da doença em genes como SNCA, Parkina, DJ-1, PINK1, LRRK2 e VPS35 foram identificadas. Também se verificou que diversas penetrâncias incompletas em genes como LRRK2 e GBA são fortes fatores de risco no desenvolvimento do Parkinson. Adicionalmente a tudo isso, mais de vinte variantes genéticas comuns foram associadas à modulação do risco para a doença de Parkinson.

As investigações das formas genéticas mendelianas do Parkinson, ou seja, de como o conjunto de princípios relacionados à transmissão hereditária das características de um organismo a seus filhos se relacionam com a doença de Parkinson, vêm fornecendo informações preciosas no que diz respeito à compreensão da fisiopatologia das formas mais comuns da doença.

Os fatores de risco genético reconhecidos na doença de Parkinson

Vários genes de suscetibilidade e fatores de risco foram associados à doença de Parkinson nos últimos anos. O sucesso neste campo de investigação foi conseguido graças a estudos do genoma humano, mas nem todos foram bem aceitos e bem sucedidos. Neste momento, são três os genes reconhecidos como fatores de risco genético para a doença de Parkinson:

1 – α-sinucleína (SNCA)

Após a descoberta de diferentes mutações raras no gene SNCA, prosseguiu-se uma época forte de investigações na área genética na doença de Parkinson. Diversos pesquisadores procuraram verificar se existia algum tipo de variabilidade comum no gene SNCA, de forma a perceber se este gene estaria também associado ao risco de aparecimento do Parkinson em sua forma esporádica.

Inicialmente o estudo indicou que o genótipo APOE, um importante fator de risco para a doença de Alzheimer de instalação tardia, interagia com um dinucleótido variável presente no gene SNCA. Essa interação não apresentou replicação. No entanto, mais tarde, foi-se comprovado a existência de variantes de risco para o Parkinson entre os alelos promotores (formas alternativas de um mesmo gene gerado por mutações) do gene SNCA.

Isso foi fundamental para que os pesquisadores demonstrassem, inequivocamente, a ocorrência de uma associação entre a variabilidade genética que ocorre na SNCA com a doença de Parkinson. Desde então, a associação entre Parkinson e o gene SNCA tem sido altamente comprovado através de diferentes estudos de associação genética, permitindo identificar uma quantidade significativa de variações genéticas e revelando informações importantíssimas sobre a arquitetura do risco genético deste gene.

2 – LRRK2

A identificação das mutações no gene LRRK2 como uma das causas do desenvolvimento da doença de Parkinson, foi obtida graças à complexa análise em diferentes populações.

A variante G2385R foi a primeira a ser identificada como uma causa da doença de Parkinson em populações asiáticas. Ela está presente em 5% da população e, mais tarde, provou-se que se tratava de um alelo (gene alternativo gerado por mutação) que duplica o risco de instalação do Parkinson.

Essa descoberta foi amplamente observada em pacientes asiáticos que habitavam diferentes áreas geográficas como Taiwan, China, Coréia, Singapura e
Japão. Em 2008, outra variante foi associada à duplicação do risco de desenvolvimento da doença de Parkinson nas populações asiáticas: a R1628P.

Além dessas variantes, várias outras do gene LRRK2 foram avaliadas e mostraram obter níveis de variação suficientes para serem associadas ao risco de aparecimento do Parkinson.

Esse gene é várias vezes identificado em populações caucasianas através de estudos de associação genética. Porém, até o presente momento, sua variação danosa para estas populações continua a ser uma incógnita que requer análises mais aprofundadas.

3 – Glucocerebrosidase (GBA)

A observação clínica foi o fator preponderante para a descoberta do fator de risco da GBA para a doença de Parkinson. Este gene vem sendo, há muito tempo, associado à doença de armazenamento lisossomal conhecida como doença de Gaucher.

O fato ocorreu quando um grupo de pesquisadores percebeu que uma porção significativa de pacientes com a doença de Gaucher apresentavam sintomas de parkinsonismo, permitindo utilizar esses dados para formular hipóteses que associavam a deficiência no gene GBA à predisposição para o parkinsonismo.

Mais tarde, os pesquisadores foram capazes de provar que a herança de uma única mutação do gene GBA aumenta o risco de aparecimento da doença de Parkinson. As meta análises de dados indicam, de modo geral, que uma única cópia desta mutação aumenta em cerca de cinco vezes o risco para a doença de Parkinson.

Vários estudos provaram que a atividade da glucocerebrosidase é mais baixa em pacientes com mutações no gene GBA e em parkinsonianos, o que prova o seu preponderante papel no aparecimento e progressão da doença de Parkinson.

Quais as perspectivas quanto ao estudo da genética no Parkinson?

Vários estudos e propostas foram enunciadas para tentar explicar as formas ainda desconhecidas do Parkinson que admitem a combinação de fatores ambientais associados a variantes genéticas na doença. Espera-se, portanto, que os próximos anos surjam avanços importantes nas tecnologias e nos sistemas tecnológicos que nos tornem capazes de abarcar a enorme quantidade de dados gerados em cada análise genética e, assim, fornecer informações mais específicas acerca dos antecedentes genéticos da doença de Parkinson e seus potenciais fatores predisponentes.

Acredita-se que a melhor percepção dos mecanismos moleculares implicados na progressão do Parkinson ajudará no alcance de terapias mais específicas para o combate da doença. O caminho ainda é longo, mas devemos tomar ciência que a genética na doença de Parkinson estarão presentes nos estudos que trarão mais respostas na compreensão desta doença.

*Referências

Toffoli, M., Vieira, S. R. L., & Schapira, A. H. V. (2020). Genetic causes of PD: A pathway to disease modification. Neuropharmacology, 108022. doi:10.1016/j.neuropharm.2020.108022

Hedrich K, Eskelson C, Wilmot B, MArder K, Harris J, Garrels J, Meija-Santana H, Vieregge P, Jacobs H, Bressman SB, LAng AE, Kann M, Abbruzzese G, Martinelli P, Schwinger E, Ozelius LJ, Pramstaller PP, Klein C, Kramer P. Distribution, type, and origin of Parkin mutations: review and case studies. Mov Disord. 2004; 19: 1146-57.

Polymeropoulos MH, Lavedan C, Leroy E, Ide SE, Dehejia A, Dutra A, Pike B, Root H, Rubenstein J, Boyer R, Stenroos ES, Chandrasekharappa S, Athanassiadou A, Papapetropoulos T, Johnson WG, Lazzarini AM, Duvoisin RC, Di Iorio G, Golbe LI, Nussbaum RI. Mutation in the a-synuclein gene identified in families with Parkinson’s disease. Science. 1997; 276: 2045-47.

Cuidando do pai com Parkinson

Filho cuidando do pai com mal de parkinson

Em 2014, Renata Naves notou que seu pai estava com os movimentos mais lentos. Com o olhar do namorado, que já tinha experiência com o Parkinson, e a internet, ela fez o diagnóstico do pai Antônio, hoje com 77 anos. Desde então, Renata, sua mãe e sua irmã cuidam da rotina, dão carinho e afeto, e, principalmente, buscam informação para trazer mais conforto e autonomia ao pai. Leia a seguir a história de esperança dessa família e os desafios de cuidar do pai com Parkinson.

‘Há quatro anos, meu pai, hoje com 77, encontra-se com a doença de Parkinson. Percebi os movimentos mais lentos e a falta de expressão facial. Não tinha tremores. Comentei com meu namorado, cujo pai também teve a doença, que estava achando meu pai mais lento. Imediatamente, ele enxergou o Parkinson.

No primeiro momento, busquei bastante informação sobre a doença na internet. Diante de uma certa ‘constatação’, buscamos um geriatra e, posteriormente, um neurologista. Nenhum dos médicos disse claramente que ele estava com a doença. Diante da medicação ministrada pelo médico, vendo a bula e tendo nela o composto Levodopa, questionei o médico.

Fiz questão de dizer como ‘descobrimos’ a doença. Tudo o que sabemos e fazemos desde então, infelizmente, é pelo Google e nosso anjo da Guarda, o fisioterapeuta.

Não temos parentes aqui em São Paulo. Somos só eu, minha mãe e minha irmã que cuidamos do meu pai. Minha mãe é quem fica a maior parte do tempo. Por enquanto, não necessitamos de cuidadores. Temos consultas mensais com geriatra, neurologista, urologista, hematologista e cardiologista.

Mas acredito que foi a fisioterapia que devolveu ao meu pai a sua independência no dia-a-dia, condição de absoluta importância.

Desde setembro do ano passado, o quadro dele avançou. O tremor externo não se apresenta ainda, mas o interno – quando ele está deitado – é um incômodo absurdo. Nesse momento, estamos nos deparando com os efeitos colaterais que a medicação gera. Antes, eram três sessões de fisioterapia por semana. Hoje, ele faz todos os dias. Também cuidamos e controlamos bastante sua alimentação. O funcionamento do intestino é uma questão que exige nossa atenção sempre.

Ainda assim, temos momentos alegres juntos. Ele gosta de assistir TV, jogar paciência no computador e ouvir músicas moda de viola. Os domingos também são de grande interação familiar e almoços, sempre com o que ele mais gosta.

A doença nos trouxe mais união, parceria e fé. E, o conhecimento nos deu segurança!’

Dicas para controlar o estresse em cuidadores de pacientes

Cuidar de um parente ou de um amigo doente pode aproximar as pessoas e trazer muita satisfação no longo prazo. Mas, lidar com a rotina e com todos os desafios que vêm com ela não é fácil. Muitos cuidadores, após um tempo nesta função, apresentam quadros de estresse, fadiga, cansaço e um misto de emoções, como culpa, tristeza, impaciência. Na maioria dos casos, quem assume o papel de cuidador são as mulheres. E, grande parte delas está numa idade onde os pais exigem cuidados, os filhos têm suas demandas e a profissão ocupa muitas horas do dia. Ou seja, a carga não é leve. Para dar conta do cotidiano sem adoecer também, cuidadores de pacientes de Parkinson – e de outras doenças degenerativas – precisam se cuidar também e, dentro do possível, se proteger do desgaste. Só assim, o bem-estar de todos sobrevive.

Há tempos já se sabe que a saúde dos cuidadores, quando não observada de perto, pode sofrer significativamente com o passar do tempo. O estresse e o cansaço da rotina reduzem a imunidade e aumentam o risco de doenças. Conheça a seguir dicas publicadas – e aqui traduzidas – pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos. Ainda que não seja possível colocar todas elas em prática sempre, é importante levar em consideração que cuidadores precisam também de cuidados.

  • Busque técnicas de relaxamento. A prática constante ajuda você a se sentir mais calmo, mais feliz e mais capaz de ajudar o outro. Se a falta de tempo for um impedimento, veja se é possível dividir as tarefas de casa com alguém.
  • Proteja sua saúde. Pesquisas sugerem que o sistema imunológico de cuidadores, frequentemente, enfraquece. Aumente sua resistência com uma alimentação adequada, descanso e exercício, e alguma atividade que dê prazer. Aproveite qualquer folga e oferta de ajuda que receber de parentes, amigos e funcionários.
  • Encontre um grupo de apoio, onde seja possível falar das próprias frustrações com pessoas em situação similar, para obter ideias úteis para seu cotidiano. Há hospitais e associações locais que oferecem esse suporte.
  • Assertividade e determinação podem ajudar você a dividir o trabalho com os cuidados do paciente, ao invés de assumir toda a carga de trabalho sozinho. Deixe claro para a família como essa divisão pode ser feita e qual tipo de ajuda seria mais importante. Se ninguém oferecer uma mão, peça. Coordene a distribuição para que uma única pessoa não fique sobrecarregada.
  • Quando alguém oferecer ajuda, aceite. Mantenha uma lista de tarefas úteis que aliviariam sua carga, como preparar uma refeição, fazer compras, resolver questões fora de casa. Você pode passar algumas delas a diante ou apresentar as opções quando alguém perguntar como pode ajudar.
  • Aceite que as circunstâncias mudam rapidamente. Periodicamente, reveja o que você pode oferecer e de qual assistência você precisa. Se a carga estiver pesada demais, peça ajuda a membros da família ou considere suas opções, como contratar cuidadores profissionais ou até mesmo enfermeiros.
  • Fortaleça sua conexão espiritual com algo maior que você, pode ser Deus, a comunidade ou a natureza. Tirar o foco do problema, por algumas horas que seja, traz alívio e conforto.
  • Lembre-se de que você não está nessa jornada apenas por obrigação. Ao focar no amor que sente pelo paciente, lidar com o estresse nos momentos de frustração fica mais fácil.

Como a doença de Parkinson pode afetar sua vida sexual

a vida sexual também é afetada pela doença de Parkinson

A doença de Parkinson, embora seja um distúrbio principalmente dos movimentos, afeta várias outras funções do corpo. A vida sexual é uma delas, uma vez que esta é diretamente ligada ao sistema nervoso, assim como Parkinson. De acordo com a American Parkinson Disease Foundation, esta doença neurológica, crônica e progressiva, pode reduzir o desejo sexual e também comprometer o orgasmo. Ou seja, o Parkinson afeta, ao  longo da vida, a sexualidade em algum aspecto. Com frequência, os pacientes confirmam este fato.

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Reabilitação cognitiva no tratamento do Parkinson

reabilitação cognitiva no tratamento do Parkinson

Os sintomas motores da doença de Parkinson, como o tremor, a rigidez motora e alteração na marcha, são bem conhecidos. No entanto, no paralelo, há uma série de sintomas não-motores, como alterações cognitivas e do sono, depressão e ansiedade. Cada um deles afeta o paciente de uma maneira e em uma intensidade. Todos, porém, merecem igual atenção.

A reabilitação cognitiva, utilizada no tratamento do Parkinson, traz diversos benefícios – não só cognitivos. Recentemente, uma pesquisa realizada por cientistas da University of Sydney’s Brain and Mind Centre e Royal Prince Alfred Hospital, ambos na Austrália, mostrou que o treinamento cognitivo reduz significativamente episódios de congelamento da marcha, além de reduzir a sonolência diurna.

O congelamento da marcha, sintoma que atinge 1/3 dos parkinsonianos, é uma súbita e imprevisível parada e incapacidade de recomeçar movimentos ritmados e repetidos. Na maioria dos casos, ele acontece quando a pessoa está caminhando e, repentinamente, tenta mudar de direção, chega a um obstáculo ou precisa passar por um espaço mais estreito. O congelamento provoca a sensação de estar colado ao chão, paralisado. Ele também pode afetar os movimentos dos braços e até a fala.

Abaixo, conheça a reabilitação cognitiva no tratamento do Parkinson, no texto da neuropsicóloga Fernanda M. Colucci Fonoff.

“As principais perdas cognitivas são: bradifrenia (lentidão de pensamento), declínio de atenção e concentração, alteração visuoconstrutiva (dificuldade para desenhar um objeto, por exemplo), declínio da função executiva (capacidade de planejar e executar tarefas) e alteração da memória. Neste cenário, os pacientes têm dificuldade para iniciar respostas, gerar estratégias, monitorar ou regular o comportamento para alcançar melhor desempenho na tarefa.

A descrição acima parece tornar complicado apenas trabalhos complexos e extensos. Mas é justamente aí que está o desafio. Estas dificuldades cognitivas se apresentam em situações simples e corriqueiras do dia-a-dia. E, o parkinsoniano se vê de mãos atadas para preparar uma refeição, trocar a própria roupa ou se organizar para sair de casa. A sensação de incapacidade é paralisante.

Em consultório, fazemos uma série de trabalhos, que se mostram eficientes e importantes para os pacientes. Eles são, para o cérebro, tão poderosos quanto a atividade física é para os músculos. O ideal é que um ou dois sejam praticados por alguns minutos todos os dias. Eles são:

Para disfunção executiva:

  • Exercícios de lógica matemática (sequência lógica. Ex: 2, 4, 6… ou 2, 4, 8, 16…).
  • Cálculos mentais (somar de 4 em 4 começando do 1. Exemplo: 1-5-9-13… ; ou subtrair de 3 em 3, começando do 40. Exemplo: 40-37-34-31…).
  • Fluência verbal: jogar STOP. Neste jogo, os participantes escolhem uma letra do alfabeto e completam uma lista de itens, como nome próprio, fruta, animal, cidade, filme e esporte, com a letra escolhida.

Para alteração da atenção:

  • Executar duas tarefas ao mesmo tempo (Ex. Falar tipos de animais e frutas alternadamente: cachorro-laranja; gato-abacaxi…).
  • Jogo de caça-palavras.
  • Jogo com cartas (rouba monte, mico…)

Para alteração visuoconstrutiva:

  • Cópia de desenhos simples (quadrado, losango, triângulo e círculo)
  • Cópia de desenhos complexos (cubo, estrela)

Alteração de memória:

  • Treino de memorizar e repetir um número de palavras comuns (início com 5 palavras)
  • Treino de memorizar e repetir o número de telefone de 5 ou mais familiares
  • Jogo de memória.

Conheça aqui tratamentos para a doença de Parkinson.

Atualizado em 29/01/2019.

 

Café, exercícios e álcool com moderação reduzem a progressão do Parkinson

como reduzir a progressão da doença de Parkinson

Enquanto não se descobre uma cura nem um método preventivo para o surgimento do Parkinson, cientistas investem para encontrar formas de amenizar os sintomas e reduzir a progressão da doença. De acordo com um estudo publicado no periódico Movement Disorders, atividade física e consumo de cafeína e álcool (este com moderação) – antes do diagnóstico – protegem contra a piora motora e cognitiva de parkinsonianos. 

O estudo, realizado por pesquisadores da UCLA Fielding School of Public Health e da David Geffen School of Medicine, ambas na Califórnia, teve o objetivo de avaliar se o estilo de vida antes do diagnóstico estaria associado à progressão da doença e à longevidade. Assim, durante 15 anos, 360 pacientes de Parkinson foram avaliados.  

Alguns, ao longo do período, deixaram de participar por razões diversas – falecimento, piora do quadro ou desinteresse. No fim, 244 indivíduos forneceram informações importantes sobre a progressão da doença. 

Os resultados mostraram que café, chá com cafeína, consumo baixo a moderado de bebidas alcóolicas e participação em esportes competitivos prolongam a vida. Já café, esportes competitivos e atividade física protegem contra a progressão dos sintomas motores e cognitivos do Parkinson. 

Mais estudos ainda são necessários para mais esclarecimentos. No entanto, este estudo mostra como estilo de vida está relacionado aos sintomas e à progressão da doença. 

Anteriormente, outros trabalhos já observaram que café, álcool, atividade física e tabagismo estão associados a um menor risco de se desenvolver a doença de Parkinson. 

Clique a seguir e leia tudo sobre a doença: Link 

 

Atualizado em 19/10/2022.

Excesso de proteína pode comprometer a absorção da levodopa

absorção da levodopa

Ninguém duvida da importância da alimentação na prevenção de doenças. Mas, cada vez mais, sabemos também a capacidade dos alimentos de facilitar -ou comprometer – um tratamento e o estado de saúde em geral. Em pacientes de Parkinson não é diferente. Diversos parkinsonianos relatam que uma grande ingestão de proteína, principalmente carne, pode levar a períodos off longos e incômodos. Ingerir muita carne com levodopa, a principal droga usada no tratamento do Parkinson, produz um efeito negativo.

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