FDA aprova Inbrija, medicação contra períodos off

inbrija, versão inalável de levodopa

Após um longo período de pesquisas e testes clínicos, a versão inalável de levodopa, a principal medicação usada no tratamento do Parkinson, é aprovada, nos Estados Unidos, pelo FDA (órgão do governo americano que regula venda e consumo de alimentos e medicamentos). Inbrija, nome comercial desta nova versão da droga, é indicada para quando a medicação oral já não controla com eficiência os sintomas da doença de Parkinson.

Ler mais

Arrastar os pés ao caminhar pode ser um sinal de Parkinson

sinais que surgem antes do diagnóstico do Parkinson

O tremor é o sintoma mais conhecido do Parkinson. Mas antes dele surgir e da doença ser diagnosticada, muitos pacientes percebem mudanças no organismo, não associadas a ela. No livro Parkinson’s Disease: Diagnosis and Clinical Management(Doença de Parkinson: Diagnóstico e Controle Clínico), um capítulo fala dos primeiros sinais, aqueles que passam despercebidos. Dentre eles, o paciente arrastar os pés ao caminhar é considerado um sinal que atenção, podendo inclusive aumentar o risco de tropeços e quedas. Este sintoma, segundo o livro, se manifesta principalmente em momentos de fadiga e pode ser notado pelo desgaste irregular da sola do sapato. Vale o alerta e o cuidado em pisos irregulares. 

A seguir, veja uma lista com outros sinais iniciais da doença de Parkinson, que nunca são associados a ela. 

– A dor é um dos sinais iniciais da doença de Parkinson. Esta é a conclusão de um estudo que mostrou que a dor pode ser um marcador importante da doença e surgir antes mesmo de qualquer comprometimento motor. Este estudo que classifica a dor como um pródromo, ou seja, um sinal que indica o início de uma doença antes que os sintomas clássicos apareçam, foi conduzido no Instituto de Neurociências de Bangur, na Índia. Para conduzi-lo, os pesquisadores analisaram o histórico médico e os tipos de dores sentidas por 500 pessoas acima de 50 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de pacientes controle (sem a doença) e um grupo em estágio inicial da doença. Foi constatado que o grupo já afetado pelo Parkinson teve mais dores que o outro. Mais sobre este estudo aqui. 

– A perda do olfato também pode ser um dos primeiros sinais da doença de Parkinson. Um estudo publicado no periódico Neurology mostrou que pessoas com olfato reduzido têm o risco de desenvolver Parkinson aumentado em cinco vezes. De acordo com o professor de epidemiologia Honglei Chen, da Michigan State University College of Human Medicine in East Lansing, nos Estados Unidos, que conduziu o estudo, a perda olfativa é pouco percebida ou até mesmo ignorada por muito tempo e pode surgir anos – até seis anos, como notou – antes de se chegar ao diagnóstico de Parkinson. Chen avaliou, durante uma década, mais de 2500 homens e mulheres, com idade média de 75 anos, antes de chegar à conclusão publicada. Leia mais informações aqui. 

– Um estudo publicado na revista científica Radiology mostra que mudanças no sistema visual podem estar ligadas ao Parkinson e surgem antes de qualquer outro sintoma evidente. Ou seja, alterações na visão podem ser sinal de Parkinson. De acordo com o oftalmologista responsável pelo estudo Alessandro Arrigo, da Universidade Vita-Salute San Raffaele, na Itália, a visão dos parkinsonianos apresenta variadas diferenças se comparada à de pessoas saudáveis da mesma idade. Após realizar exames de imagem por ressonância magnética com os participantes, foi possível detectar alterações nas estruturas dos olhos dos pacientes de Parkinson, o que não aconteceu com os demais participantes. Arrigo afirmou, em entrevista coletiva sobre seu estudo, que os sinais podem anteceder os sintomas motores em mais de uma década. Leia mais aqui. 

– O distúrbio comportamental do sono REM, que provoca movimentos bruscos e muita agitação durante a noite, pode ser considerado um fator de risco para o Parkinson. Um estudo conduzido na Universidade de Toronto (Canadá) sugere que quem tem o sono inquieto pode, eventualmente, ter mais chances de desenvolver doenças neurológicas, como Parkinson e formas de demência. Ou seja, noites agitadas, cheias de movimentos rápidos e bruscos, servem como sinal de alerta. De acordo com John Peever, autor do trabalho, o distúrbio ocorre durante o sono REM, como o nome sugere, fase na qual a atividade cerebral está mais rápida. Em pessoas com cérebros saudáveis, os músculos se aquietam durante esse estágio do sono. Peever calcula que 80% das pessoas com distúrbio comportamental do sono podem desenvolver algum problema neurológico. E, o mais curioso, é que este sinal pode ser visto 15 anos antes do diagnóstico de uma doença ser efetivamente feito. 

Atualizado em 19/10/2022

Bradicinesia, um dos principais sintomas da doença de Parkinson

A doença de Parkinson é mais conhecida pelos seus tremores. No entanto, há outros dois sintomas tão recorrentes e incapacitantes quanto: a rigidez e a bradicinesia. Esta última que atinge quase todos os pacientes de Parkinson, é a lentificação dos movimentos voluntários. Aquilo que sempre foi feito de forma rápida, automática e corriqueira se torna um grande desafio. Se vestir, organizar uma cozinha ou simplesmente demonstrar uma expressão facial não acontecem tão facilmente. O caminhar parece fora do prumo. E, atividades que demandam um controle motor fino também ficam comprometidas. Entenda mais sobre este sintoma:

Ler mais

Remoção do apêndice pode reduzir o risco de Parkinson

parkinson pode ter origem no apêndice

Há algum tempo, cientistas já suspeitaram que o surgimento do Parkinson pudesse acontecer longe do cérebro, por onde sua passagem é mais conhecida. Muitos estudos apontaram o início da doença para algum ponto do trato intestinal. Recentemente, uma nova pesquisa trouxe mais evidência para fortalecer esta tese. Pesquisadores americanos, do Instituto de Pesquisa Van Andel, em Michigan, descobriram que o Parkinson, distúrbio neurodegenerativo, pode começar mais precisamente no apêndice. O estudo mostrou que as pessoas que tiveram o órgão, por muitos considerado desnecessário para o corpo humano, removido apresentam uma redução no risco de desenvolver a doença.

Ler mais

Entenda a rigidez, um dos principais sintomas da doença de Parkinson

a rigidez atinge 90% dos pacientes de Parkinson

A rigidez está entre os três principais sintomas da doença de Parkinson – os outros são tremores e lentidão dos movimentos. Desconfortável, dolorido e imprevisível, este sintoma atinge braços, pernas e até o pescoço e reduz a amplitude de movimento. A maioria dos pacientes apresenta algum grau de rigidez ao longo da vida. O que ocorre é que os músculos, que contraem em movimento e relaxam em repouso, perdem sua capacidade de relaxar. Uma paciente de Parkinson definiu com clareza a sensação: ‘A rigidez nos engessa’.  A seguir, entenda as principais características da rigidez.

Ler mais

Déficit de atenção pode estar associado à doença de Parkinson

déficit de atenção associado ao Parkinson

Sempre associado a crianças e adolescentes, o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e as medicações usadas para tratá-lo podem ter efeitos na vida adulta. Pesquisadores da Universidade de Utah Saúde, nos Estados Unidos, descobriram que pacientes com TDAH apresentam um risco aumentado de desenvolver a doença de Parkinson e outros parkinsonismos. O trabalho, que avaliou o histórico médico de mais de 31 mil pessoas com TDAH e o comparou às informações de outras 159 mil pessoas sem o transtorno, foi publicado recentemente no periódico Neuropsychopharmacology.

Ler mais

Hipotensão ortostática compromete a qualidade de vida dos pacientes

hipotensão ortostática afeta vida dos pacientes

Um dos sintomas pouco associados à doença de Parkinson, porém muito comum, é a hipotensão ortostática. Esta queda de pressão sanguínea repentina, que ocorre quando a pessoa se levanta, atinge 20% dos pacientes de Parkinson e compromete a qualidade de vida de forma significativa. A importância de levar essa condição em conta e mostrar a parkinsonianos e cuidadores o seu impacto foi tema de pesquisa, apresentada no periódico internacional BMC Neurology.

Ler mais

Saiba se o Parkinson é hereditário, uma doença que passa de pai para filho

o Parkinson é hereditário

Toda pessoa que é afetada pela doença de Parkinson, em algum momento, se faz a seguinte pergunta: Parkinson é hereditário? Embora existam inúmeras pesquisas mundo afora em busca de uma resposta, a medicina ainda não chegou a uma única causa que seja responsável pelo surgimento da doença. Sabe-se, porém, que fatores ambientais, como exposição a substâncias tóxicas, e fatores genéticos podem contribuir, em graus diferentes, para o surgimento do Parkinson.

Ler mais

Conheça os grandes desafios impostos pela doença de Parkinson

resultados da pesquisa

A doença de Parkinson em números

O canal Parkinson Hoje, que reúne dezenas de milhares de pessoas, entre médicos, cuidadores, familiares e pacientes da doença de Parkinson, realizou a pesquisa Como é viver com Parkinson, para entender melhor os desafios dessa comunidade. Mais de 400 pessoas responderam 16 perguntas sobre preconceito, a dependência de cuidadores, impacto financeiro, confiança no tratamento recebido, entre outros tópicos.

Ler mais

Entenda a perda cognitiva e a demência na doença de Parkinson

A doença de Parkinson é conhecida pelas alterações motoras, como rigidez, tremor e instabilidade postural. No entanto, ela também apresenta alterações não-motoras, que podem surgir desde o início da doença, como: depressão, ansiedade, apatia, alucinação, alteração do sono, comprometimento cognitivo leve e demência. A alteração cognitiva associada à doença de Parkinson é altamente prevalente e causa significativa redução da qualidade de vida. Aqui, a neuropsicóloga Fernanda M. Colucci Fonoff fala sobre a demência na doença de Parkinson, como é feito o diagnóstico, as principais características e os tratamentos.

  1. Toda alteração cognitiva na doença de Parkinson é demência? Não. As alterações cognitivas se dividem em dois momentos: comprometimento cognitivo leve e demência. O comprometimento cognitivo leve é definido como a condição intermediária entre a função cognitiva normal e o início do quadro de demência. As alterações cognitivas na doença de Parkinson podem ter início com os primeiros sintomas motores e têm progressão lenta.
  2. Quais as principais alterações cognitivas na doença de Parkinson? As principais perdas cognitivas na doença de Parkinson são: lentidão de pensamento, declínio da função de atenção/concentração, declínio da função executiva e alteração da memória pela dificuldade de evocação tardia. Assim, os pacientes apresentam dificuldade para iniciar respostas, gerar estratégias, monitorar ou regular o comportamento. Já outros quadros de demência apresentam mudanças mais severas, como afasia (alteração da linguagem), apraxia (alteração da capacidade de coordenar tarefas complexas) e agnosia (alteração da capacidade de reconhecer objetos, sons e formas). 
  3. Quem tem maior risco de desenvolver demência na doença de Parkinson? Existem alguns fatores de risco associados à demência na doença de Parkinson. Eles são idade avançada, tempo de doença de Parkinson, disfunção autonômica, instabilidade postural, confusão mental no início da doença, alucinação ou psicose com uso de medicamentos dopaminérgicos, alteração do sono REM e comprometimento cognitivo leve.

     

  4. Como é feito o diagnóstico de demência na doença de Parkinson? O critério de diagnóstico de demência em pacientes com Parkinson foi estabelecido pela Sociedade dos Distúrbios dos Movimentos (MDS). Assim, o paciente tem que preencher os seguintes critérios:
    – Ter o diagnóstico de doença de Parkinson, segundo os critérios do Queen Square Brain Bank;
    – Ter o diagnóstico de doença de Parkinson anteriormente ao diagnóstico de demência;
    – Apresentar baixo desempenho em teste que avalia a eficiência global;
    – As alterações cognitivas devem ser graves o suficiente para causar impacto nas tarefas diárias;
    – As alterações cognitivas devem ser em mais de um domínio cognitivo.
    – A avaliação neuropsicológica das funções cognitivas deve ser realizada por um profissional especializado e atento às minúcias de cada função. Ela pode especificar o padrão e a gravidade da demência na doença de Parkinson. Leia mais aqui.
  5.  Qual o tratamento para demência na doença de Parkinson? Uma vez realizado o diagnóstico de demência na doença de Parkinson, o paciente pode iniciar tratamento medicamentoso e a reabilitação neuropsicológica. A reabilitação cognitiva trabalha estratégias compensatórias, estimulação de áreas não comprometidas, fixação de aprendizagem e conscientização. Quando feita com regularidade e diante dos primeiros sinais de declínio cognitivo, a reabilitação apresenta bons resultados, o que traz conforto e autonomia para o paciente.

Entenda mais sobre reabilitação cognitiva. 

Atualizado em 11/09/2019.